O Programa Federal Brasileiro "Minha Casa, Minha Vida" é um regulador-sombra das normas urbanísticas municipais?

O programa federal de financiamento habitacional "Minha Casa, Minha Vida" (PMCMV) é a maior intervenção pública em habitação social já realizada no Brasil. Esta iniciativa market-oriented começou a ser implantada em 2009, tendo financiado, em seis anos, em torno de quatro milhões de moradi...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Acosta Mora, Claudia Marcela (autora)
Formato: RE
Idioma:português
Publicado em: Brasil La Autora 2015
Colecção:Premio Internacional de Tesis de Investigación sobre Vivienda y Desarrollo Sustentable 2015
Assuntos:
Acesso em linha:https://infonavit.smart-ed.mx/cgi-bin/koha/opac-retrieve-file.pl?id=db831aea82ffd1051cdfe5ecb357140d
Descrição
Resumo:O programa federal de financiamento habitacional "Minha Casa, Minha Vida" (PMCMV) é a maior intervenção pública em habitação social já realizada no Brasil. Esta iniciativa market-oriented começou a ser implantada em 2009, tendo financiado, em seis anos, em torno de quatro milhões de moradias. O programa é desenvolvido a nível local. O propósito da presente dissertação é entender se esse programa modifica, em função dos seus requerimentos, as condições regulatórias dos municípios e, em caso afirmativo, explicitar como isso ocorre. O fato de o PMCMV ser um ator com poder de monopólio no financiamento da habitação social - um bem socialmente necessário, mas de complexa provisão -, pode alterar a regulação urbanística municipal ao determinar a agenda regulatória municipal a partir das necessidades de implantação do programa. Os resultados desta pesquisa confirmam que, por meio do incentivo dado pelo recurso federal, o PMCMV termina por representar um regulador-sombra na regulação municipal urbana. As análises empíricas confirmam que, de fato, os poderes municipais modificam as normas urbanísticas em função do programa. No entanto, isso não acontece de forma homogênea nos diversos âmbitos municipais, nem com igual grau de comprometimento da institucionalidade municipal ou dos processos democráticos de gestão do território. Ademais, as mudanças regulatórias não podem ser compreendidas apenas como um processo impositivo do Poder Federal sobre o Municipal: a possibilidade de alteração das regras configura uma situação de barganha, por parte de municípios pequenos e periféricos, por recursos da União.
Descrição Física:106 páginas